terça-feira, 29 de novembro de 2011

Página nova!



Criei um cantinho, lá naquela barrinha onde há: início, selos, etc... O nome é espaço da leitura, e lá pretendo postar livros que recomendo. Terá, ainda lá, um espaço com as recomendações de vocês. Para recomendar, é só mandar sua sugestão ao e-mail do blog. Estou esperando! 

Beijos e boa semana.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Indefinido, indefinível.

imagem do tema Edição Visual

Ela caminhava, hora apressada, hora extremamente devagar. Caminhava meio sem rumo, mergulhada em pensamentos, especulações; mergulhada em suas mentiras.
Ela sabia que não aguentaria um relacionamento, mas começou mesmo assim. Sabia que todas as vezes que dizia "desculpe-me, mudarei" estava com o pensamento em qualquer lugar, menos no momento.
Ela não foi feita para parar, permanecer, estagnar. 
Andava, esbarrava ora em alguém que a xingava, ora em alguém que apenas ria, mas ela não se importava. Nunca se importou.
Ao contrário do que se imaginava, ela teve uma infância feliz, recebeu carinho dos pais, cresceu tranquilamente e assim permaneceu. Mas odiava que a dissessem o que fazer, odiava que alguém quisesse controlá-la, e odiava quando permitia isso. 
Ainda assim, se envolveu com uma pessoa que queria mandar inclusive na maneira que se vestia. No início, não fazia diferença, era como qualquer outra pessoa. Depois, ela começou a ter sentimentos, sentimentos reais. Foi aí que ela percebeu que mesmo que houvessem sentimentos fortes envolvidos, não aguentaria vê-lo todos os dias e se deixar dominar. Não era a natureza dela.
Para não ferir, foi embora. Foi ferida, mas por si mesma. Devagar, tirou o braço dele de cima de seu colo e saiu da cama. Olhou-o uma última vez e deu um beijo suave em sua testa. 
Juntou suas poucas coisas espalhadas pelo apartamento, colocou em sua mochila e saiu. Alguns pingos de chuva molhavam seu rosto enquanto atravessava a avenida depressa. Correu para a estação mais próxima e  entrou em um metrô. Ela não sairia de lá tão cedo. 
Destino? Indefinido, indefinível, assim como ela.


Ele acordou e procurou-a ao seu redor. "Deve ter ido comprar algo para comer", pensou, mas algo em seus instintos dizia que ele não a veria. Nem naquele dia, nem em nenhum outro.

Por Luiza Mariana.

 terceiro lugar #96ª Edição Visual, Projeto Bloínquês.

sábado, 26 de novembro de 2011

Aleatoriedades.



Sou naturalmente desconfiada e capaz de passar minutos ou horas divagando sobre as intenções por trás de suas atitudes.
É estranho, mas é assim.
Durante a maior parte do tempo, sou cautelosa. Já feri e fui ferida demais com palavras enquanto agia de forma "sincera"; agi assim até descobrir que sinceridade sem o bom senso não leva a lugar algum.

Gosto de estar cercada de amigos, familiares, colegas, conhecidos. Mas só aqueles que me fazem bem, por favor.
Aquelas risadas longas e gostosas que você só consegue ter ou fazer ter com aquelas pessoas especiais.

Estudar todo o tempo me parece exagero. Posso estar errada ao pensar assim, mas acho que estudar faz parte da vida. A vida não é só estudar.

Sinto falta das brincadeiras de criança, dos meus amigos de infância e de algumas pessoas que costumo ver apenas uma vez por ano, mas que sempre conseguem me arrancar sorrisos ao lembrar do que passamos.

A saudade passa a ser, então, não um sentimento, mas um estado de espírito. Toma posse de mim por alguns segundos ou minutos e eu volto àqueles momentos em que tudo parecia mais intenso e eterno.

A eternidade deixa de ser um espaço de tempo e passa a ser um estado de espírito, também.
Dura o quanto você quer que dure.
Pode ser tempo demais.
Ou pode durar menos que se pretendia.

Ou a pretensão pode dar lugar à surpresa.

Já não compensa achar que se tem o domínio da própria vida; ela nos prega peças constantemente. Nos encanta ou assusta.
Só surpreende a quem permite ser surpreendido.

Admito que adoro ser cuidada. Quem não gosta, afinal? Ter alguém que pense em mim mesmo quando estou longe e incomunicável, sabe? Aquelas pessoas que mesmo meses depois da última conversa te mandam uma mensagem dizendo que sentem sua falta e que te amam. Aquelas que procuram te fazer rir apesar de tudo, ou por causa de tudo.
Admito que adoro estar na companhia delas, que me arrependi de ter me afastado de algumas e que preciso de mais pessoas assim em minha vida.
Ser positivo, racional, carinhoso, presente e um literal amigo não é para todos.

Eu aprecio os momentos que induzem reflexão.
Na verdade, creio que a reflexão é uma das poucas maneiras de percebermos o que se passa ao nosso redor, sem que sejamos tendenciosos.

Enfim, gosto do que me faz melhor, do que me faz rir. Do que me ensina.
Não do que somente aponta meus erros, mas do que os aponta e me mostra um meio de acertar.



" Não é que pensei outra coisa de gente grande? Esta é assim: tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco. " Caio F. de Abreu.

Por Luiza Mariana.

domingo, 20 de novembro de 2011

You are so beautiful


Que tal parar com essas tentativas de se esconder atrás de toneladas de produtos que disfarçam características que te fazem única?
Você pode conseguir, algumas vezes, mas o seu coração continua o mesmo.
E todos os seus problemas não resolvidos continuam lá.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A crônica do amor, de Arnaldo J.


 Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim. 

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Arnaldo Jabor

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Recomendo: Depois da Escuridão, Sidney Sheldon e Tilly Bagshawe


Título original em inglês: Sidney Sheldon's After Darkness
Gênero: Romance estrangeiro
Páginas: 464
Editora: Record
Tradução: Michele Macculloch
Autor: Sidney Sheldon E Tilly Bagshawe 

Olá, queridos. 

Depois de um tempão sem postar recomendações de livros, cá estou eu para mostrar mais um (lido recentemente). 

Abençoada com um rosto angelical e a inocência de uma criança, Grace Brookstein é a esposa perfeita de Lenny Brookstein, o rei de Wall Street. O bilioná;rio – que tem prioridades no mundo todo, uma frota de iates e uma vida aparentemente perfeita – fez sua fortuna com o fundo de hedge Quorum, voltado para idosos, operá;rios, pequenas instituições de caridade e famílias que lutam para sobreviver e garantir uma vida melhor para seus descendentes.

Sendo a personificação do cidadão americano – ambicioso, workaholic e generoso -, o rosto de Lenny está; em todo lugar: desde as pá;ginas de publicações de negócios até as colunas sociais. O casal é enaltecido por sua generosa contribuição filantrópica, principalmente pelo baile anual de caridade promovido pelo Quorum.

Apesar do colapso catastrófico do mercado de ações, o estilo de vida dos Brookstein (veraneios, partidas de pólo e jatinhos particulares) não se abala. Até o dia em que Lenny sai para velejar e nunca mais retorna. Seu iate é encontrado vazio em alto-mar. Inconsolá;vel, Grace Brookstein não imagina que o desaparecimento do marido representa apenas o início de um pesadelo sombrio e aterrorizante que está; prestes a dominar sua vida.

Algumas semanas depois, bilhões dólares desaparecem do fundo Quorum, provocando a falência de milhares de famílias de classe média e pequenas instituições. A viúva de Lenny Brookstein encabeça a lista de suspeitos pelo roubo. O país inteiro está; convencido de que ela cometeu o crime e todos querem vê-la pagar por isso – ou pior: querem fazer justiça com as próprias mãos. Subitamente, a socialite que um dia foi a queridinha da América se transforma em uma odiada Maria Antonieta contemporânea, sozinha e indefesa diante de sua iminente queda.

Mesmo assim, Grace está; certa de que foi usada como bode expiatório, e fará; tudo para provar isso. Cercada por inimigos, ela aprende a confiar apenas em si mesma, e embarca numa odisséia psicologia que transformará; para sempre a doce e angelical Grace Brookstein.
Repleto de casos amorosos, glamour, reviravoltas surpreendentes e do suspense sedutor que fizeram de Sidney Sheldon um lendá;rio autor best seller. Depois da escuridão conduz o leitor a uma jornada alucinante que dá; continuidade ao legado do mestre.
Fonte: Editora Record




            fonte: sinopse do livro


Um dos melhores livros que já li do autor. Como sempre, Sidney Sheldon surpreendeu demais e deixou uma pergunta mal respondida (ou não respondida) ao final do livro, o que dá aquele impulso para pensarmos numa possível continuação. Muito bom!

E você, já leu algum livro desse autor? Tem algum outro que recomenda? Comenta aí (:
Beijos.


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